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Estados Unidos atribui meio-termo entre a diplomacia e a militarização na guerra da Ucrânia

  • Foto do escritor: Imprensa da ONU
    Imprensa da ONU
  • 23 de abr. de 2022
  • 3 min de leitura

Por conta do iminente conflito entre Rússia e Ucrânia, os representantes do "país-vítima" afirmam estarem céticos em relação à proximidade do conflito e seu fim, fato que permitiu até a sinalização de Kiev (capital da Ucrânia) sobre a sua disposição de não fazer parte da Otan e discutir, também, a situação de áreas separatistas, visando acabar logo com as ações do país russo.

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Entretanto, algumas autoridades dos Estados Unidos permanecem ainda mais desconfiadas dos anúncios da Rússia, afirmando que ninguém deve se enganar com o que ela afirma e, muito menos, deixem ser levados por pressões feitas desde o início da "disputa".


Nesse caso, os EUA e o governo de Joe Biden atribuíram algumas táticas importantes em relação à guerra, além da retórica. Uma delas é, justamente, a imposição de sanções econômicas à Rússia, já que desde 22 de fevereiro de 2022, o país norte-americano aplicou cerca de 690 (seiscentos e noventa) restrições contra os russos dentre as quais se vê o veto a importação de petróleo e gás, o intenso bloqueio de empresas e o fechamento de espaços aéreos para aeronaves russas.


Do mesmo modo, a ajuda humanitária também é muito recorrente, pois os EUA facilitaram a entrada de ucranianos refugiados no país e comprometeram-se a acolher cerca de 100 (cem) mil imigrantes, além de oferecer ajuda financeira a países europeus.


Não só isso, os Estados Unidos da América também ajudaram militarmente a Ucrânia, anunciando o envio de cerca de 1 (um) bilhão de dólares (o que equivale a, aproximadamente, cinco bilhões de reais) em recursos bélicos e armamentos no geral, o que é considerado preponderante no conflito e na resistência ucraniana levando Moscou (capital da Rússia) a limitar os objetivos de suas ações.


Paralelamente, esse reforço armamentista reflete, também, em quesitos econômicos mundiais, aquecendo o mercado global de armamentos e favorecendo os EUA, cujos já são os maiores produtores de armas do mundo.

"Boa parte, se não a maior, do que os EUA destinam à Ucrânia tem sido no formato de ajuda militar. E há grupos de interesses muito influentes vinculados a esse setor que estão muito satisfeitos com a situação", afirma o professor de RI (relações internacionais) da PUC-SP, Laerte Apolinário Júnior.

De acordo com Laerte, Volodimir Zelenski possui uma retórica perigosa que abre margem para a intervenção militar dos EUA no conflito, porém, qualquer ação de um membro da Otan com esse objetivo poderia levar a um confronto direto com a Rússia e suas consequências seriam imprevisíveis.


Portanto, os EUA vêem as sanções econômicas como um instrumento intermediário entre a ação diplomática e a ação militar que é muito custosa e não tem como ser aplicada nesse contexto. Assim, o "parcelamento" das sanções são parte pensada da estratégia norte-americana, o que permite o escalonamento de ações mais prejudiciais ao longo do tempo e, consequentemente, um adiamento da ação militar.


Larte afirma, também, que a severidade dessas ações varia de acordo com os interesses do país que as aplica e, como os Estados Unidos não dependem das importações de recursos energéticos russos, eles podem ir além nas sanções: suas economias não são interdependentes, logo, são menos vulneráveis que os países europeus.


Por fim, o professor diz que Joe Biden tem buscado escalar mais a retórica, já que ele enfrenta uma baixa popularidade e essas ações trariam de volta a imagem de líder forte contra a Rússia. Já sobre a ajuda militar, o país possui interesses relevantes na Ucrânia (tanto pela rota de passagem do gás russo e pela exportação de commodities, como pela sua importância no mercado armamentista).

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  • FOLHA: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2022/03/guerra-na-ucrania-estrategia-dos-eua-envolve-retorica-ajuda-militar-e-sancoes-contra-a-russia.shtml

links cedidos por Estados Unidos em 01/04/2022.



POST CENTRAL: ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA.

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